segunda-feira, 9 de maio de 2011

Então vamos a tal de intimidade?


Não irei falar sobre a intimidade corriqueira, nem sobre pequenas relevações do dia a dia.

Quero falar sobre a intimidade das relações, a intimidade do pensamento, a intimidade do sexo... Você pode estar se questionando: "A intimidade das relações e do sexo não são similares?".
Eu digo NÃO!


Não há nada mais íntimo que o sexo. Cada toque é um portal para universos paralelos e desconhecidos, é uma união de sentidos e a liberação do mais premitivo dos instintos. Durante o sexo tudo se torna uno, durante o sexo não é preciso pensar... é apenas um fluir incessante de corpo e alma. E cá entre nós, não há segredos e privacidade que se iguale ao que pode surgir da junção de nossos corpos e com sorte almas.



Já a intimidade das relações, eu vejo como todas as mensagens subliminares que encontra-se nas entrelinhas dos relacionamentos.

Olhares mudos e cheios de significados (que são corriqueiros), risos sem motivos aparentes. Compartilhar sentimentos não ditos... atribuir a cada gesto, seus devidos significados.


Eu te amos, não é dito em palavras. Sim em toques, em pequenos movimentos que lhe aliviam as tensões... Assim como a ausência daquele "bom-dia" pode significar problemas de humor e insatisfações sejam pessoais ou no relacionamento.


Pequenos detalhes, que contêm milhares de códigos implicitos entre dois seres. A intimidade ampla e irrestrita, está nesta coletânea de signos exclusivos em cada uma das relações.

Diferente do sexo, que não há como atribuir significados distintos a um gemido ou um grito de prazer. O mistério está na pele, no desejo, no tesão. Não nas frases de efeito e no grande "ohhh".




O cenário sofre metamorfoses, quando une-se intimidade da relação e o sexo.

Neste contexto o êxtase é pleno... o sexo deixar de ser mero prazer carnal e os signos implicitos entre o casal contribuem para que isso aconteça. Sem tabus, sem insegurança, sem restrições o sexo atinge um nível que alguns denominam de "fazer amor".
Nunca vi ninguém dizer que faz amor selvagem, mas na minha concepção é isso que ocorre nessa união entre o carnal e o emocional.



Amor selvagem!



Onde o gozo é inevitável, o prazer é garantido... eis a pista do número 11.

domingo, 24 de abril de 2011

Sobre ARTE



Semana passada em uma visita a pinacoteca, aqui na cidade do tudo acontece, me deparei com uma exposição de uma artista chamada Paula Rego, que é claro nunca havia se quer ouvido falar.

Nessas "atividades culturais", se vê muitas caras e bocas, mas a não ser que esteja envolvido nos movimentos artísticos é meio difícil acompanhar e compreender a aura da maioria das obras.

Antes de entrar na sala onde as obras estavam expostas a artista já me chamou atenção, sua biografia escrita nas "paredes" do corredor, já plantando a sementinha da curiosidade para conhecer suas obras.

Ao adentrar a sala, as telas estavam distribuidas em três espaços.

Imagens fortes, cores berrantes, traços expressivos exalando críticas a cada pincelada.

A cada tela vista, uma experiência epitelial única.

Trazendo a tona, sentimentos profundos... momentos de intimidade com a artísta que só a experiência estética é capaz de explicar.

A porta de vidro se fechou, aquele universo de cores lá ficou, resguardado sem flash's, numa redoma artística, escapando apenas pelos olhares atentos e almas sensíveis.

Assim, me fui... tomar um bom café e apenas observar os simbolismos ao redor.